sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Notícia da editora Wish

Uma Enciclopédia de livros antigos pela primeira vez no Brasil

Em edição de luxo, enciclopédia traz um apanhado de livros antigos



Título: Do Incrível ao Bizarro

Organização: Marina Avila

Ano: 2018

Editora: Wish

Número de Páginas: 230

Outras especificações: capa dura, formato 20x28cm, miolo papel couché 90g / colorido

Preço: R$ 98,00





Do Incrível ao Bizarro é o primeiro projeto de não-ficção da Editora Wish e será publicado no primeiro semestre de 2018. A enciclopédia irá reunir em sua composição o manuscrito original de Lewis Carrol para Alice, A Bíblia de Gutemberg, um bestiário de criaturas reais e fantasiosas, além de ilustrações botânicas, do corpo humano e manuscritos medievais em alta qualidade. Organizado pela produtora editorial e CEO da Wish, Marina Avila (responsável pelo best-seller de vendas da editora, a trilogia dos Contos de Fadas em suas versões originais), acredita que o vintage é uma tendência para 2018. Em uma era onde a tecnologia é tão presente, o passado se torna cada vez mais valioso.

A paixão pelas incríveis artes plásticas é redescoberta nesta edição inovadora. Do Incrível ao Bizarro é um verdadeiro apanhado das raridades mundiais, homenageando livros antigos, ilustradores e autores. O projeto é um marco de publicação no Brasil, explorando a temática do vintage e do antigo de forma direcionada e com capricho contemporâneo.

Veja alguns dos temas explorados:

 *   Manuscrito original de Lewis Carrol para Alice

 *   A Bíblia de Gutenberg, um dos livros mais valiosos do mundo

 *   Um bestiário com criaturas reais e fantasiosas

 *   As mais belas ilustrações botânicas

 *   Estudos do corpo humano e medicina, ilustrados como conhecidos na época

 *   Belíssimos manuscritos medievais em alta qualidade

 *   Um dicionário de criaturas das trevas

 *   Estudos sobre o Universo e sistema solar, como conhecidos na época

 *   Invenções e inovações em todas as áreas

 *   Ilustrações de criaturas meio-flor, meio-humanas

 *   Livro de receitas vitoriano, sem qualquer produto industrial

 *   Os mais absurdos ornamentos e ilustrações, desde o período medieval, até 1920


O livro será publicado através do financiamento coletivo. Mais informações:

https://www.catarse.me/livrosantigos

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

[Confissões] Dize a minh'alma

"Dize a minha alma: Eu sou a tua salvação. Que eu ouça e siga essa voz e te alcance"
Minha alma reconhe a voz de seu Criador
"Minha" não venha a ser. Porque tudo pertence a Ti, sou apenas uma parte de sua Criação, mas desejo louvar-te.
Desejo repousar em Teus braços de modo que nunca mais venha a sair, "estreita é a casa de minha alma para que venhas até ela: que ela seja por ti dilatada. Está em ruínas; restaure-a".
Tua verdade grita de tal forma dentro de mim que não desejo outro lugar senão ansiar voltar a Teus braços na eternidade. Desejo voltar para casa, desejo voltar e permanecer para sempre com meu Pai.
Autor Onipotente que em suas mãos tem a Criação ordenada, amo-te, minha alma ruge de saudades, ruge de amor, e deseja ser cuidada por ti.
Pega estas mãos manchadas e eleva a tua presença, onde todo pecado se dissipa, pois és Santo, e em Ti não há pecado algum.

Lolita-Vladimir Nabokov


Essa provavelmente é minha capa de livro favorita (apesar de ter lido em e-book).
Esse é um dos livros que mais causa divisão de opiniões, e um tanto polêmico.
O livro trata sobre pedofilia. Isso não é spoiler, pois, já se deixa bem claro nas primeiras linhas do livro. Eis aqui elas:
"Lolita, luz da minha vida, fogo da minha virilidade. Meu pecado, minha alma. Lo-li-ta: a ponta da língua faz uma viagem de três passos pelo céu da boca abaixo e, no terceiro, bate nos dentes. Lo. Li. Ta.
Pela manhã, um metro e trinta e dois a espichar os soquetes; era Lo, apenas Lo. De calças práticas, era Lola. Na escola, era Dolly. Era Dolores na linha pontilhada onde assinava o nome. Mas nos meus braços era sempre Lolita."
O livro é feito com uma habilidade incrivelmente cativante quando se trata da escrita. Apesar de o autor ser russo, ele escreveu em língua inglesa e dominou-a surpreendentemente bem. 
Narrado pelo personagem Humbert Humbert (ou como ele se intitula: H.H), homem maduro, culto e bem educado. 
Se apaixona pela Lolita ao encontrá-la deitada tomando sol no quintal da sua recém alugada hospedaria, começa então o que podemos chamar de um tanto fanática exaltação de Dolores Haze (Lolita, apelido que existe somente na cabeça dele). Em um certo momento, uma série de acontecimentos fará com que as pessoas comecem a achar que a romantização de uma relação entre uma menina de 12 anos e um homem de meia-idade se torne possível e até aceitável. O livro é inteiro narrado em primeira pessoa, portanto só há pov (ponto de vista) dele, fato este que acaba deixando a história um tanto duvidosa. 
A escrita chega a ser de tal ponto envolvente que você se encara considerando seus próprios conceitos morais. 
O x da questão em encarar esse livro está em que, as pessoas até hoje não chegaram em um fator comum no que se refere a conceituar essa história como uma pedofilia, ou apenas uma história de amor, trágica e impossível.
O filme foi adaptado para o cinema pelo Stanley Kubrick, particularmente o melhor diretor de filmes que conheço. A adaptação é altamente recomendável, porque realmente seguiu a risca os fatos mais relevantes da obra.
Por fim, o livro inteiro é recomendável, tudo é de te fazer prender a respiração e viajar em sua própria consciência.
P.s:se você tem receio de ler achando que será um livro com conteúdo pornográfico fique tranquilo porque não tem nada disso, na verdade é bem sutil. E trata os sentimentos de forma (se é que posso chamar assim) inocente
 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

[Confissões] Infância TEMPOral

Haveria antes de minha infância algum tempo em que poderia te conhecer? Pois neste momento, apesar de me ter falha memória, existiamos em ti, antes mesmo de sermos formados materialmente. Porventura sou eu merecedora de algo? Certamente que não. Com efeito, em ti habitam todas as coisas, pois sem Ti, nada do que foi feito existiria. 
Durante a infância lembro-me do riso, não sei ao certo como, nem porquê. Lembro da cor das lembranças, dos sons, e do quanto a sua essência já estava a me rodear sem ao menos me dar conta disso. 
O que foi hoje não será amanhã, mas o que foi amanhã já se passou. 
Os dias não te afetam, o tempo não te afeta, pois estes estão em você e são controlados por você.
Toma meu riso infantil e ouve-o como para Ti. 
Crescer hoje tem um novo significado, porque aprendo contigo, e ao seu lado, tudo se torna novo. (Ó beleza antiga e tão nova). 
Teu é o hoje assim como foi o ontem e haverá de ser o amanhã.
Por isso cresci, mudei e conheci, conheci coisas debaixo do sol, nada delas se compara a completude de sua sabedoria.
Ouvindo a chuva não tinha consciência de que você existiu antes dela, no passado sem começo, antes de tudo, já eras. 
Hoje, olhando a grandeza de sua criação me dou conta de que aquela menina não entendia o porquê de te adorar, não entendia o porquê de existir ou até mesmo de te dizer constantemente que tu és Eterno. Não como um lembrete a Ti, certo que não, tua mente não precisa de memorandos. Apenas para lembrar a si mesma de que existe um Deus que habita na luz inacessível, e este Deus é Eterno, e este Deus pode tudo, e este mesmo, apesar de sua plenitude, escolheu amá-la.

Confissões

Tenho lido as confissões de Agostinho e algumas reflexões têm fervilhado ativamente em meu ser. Senti que devia compartilhar. A forma da escrita é tão sutil e ao mesmo tempo tão cheia de verdade, que através dela vou me inspirar pra acrescentar ao meu diário espiritual. Então começarei aqui uma nova série para minhas próprias confissões