Durante a infância lembro-me do riso, não sei ao certo como, nem porquê. Lembro da cor das lembranças, dos sons, e do quanto a sua essência já estava a me rodear sem ao menos me dar conta disso.
O que foi hoje não será amanhã, mas o que foi amanhã já se passou.
Os dias não te afetam, o tempo não te afeta, pois estes estão em você e são controlados por você.
Toma meu riso infantil e ouve-o como para Ti.
Crescer hoje tem um novo significado, porque aprendo contigo, e ao seu lado, tudo se torna novo. (Ó beleza antiga e tão nova).
Teu é o hoje assim como foi o ontem e haverá de ser o amanhã.
Por isso cresci, mudei e conheci, conheci coisas debaixo do sol, nada delas se compara a completude de sua sabedoria.
Ouvindo a chuva não tinha consciência de que você existiu antes dela, no passado sem começo, antes de tudo, já eras.
Hoje, olhando a grandeza de sua criação me dou conta de que aquela menina não entendia o porquê de te adorar, não entendia o porquê de existir ou até mesmo de te dizer constantemente que tu és Eterno. Não como um lembrete a Ti, certo que não, tua mente não precisa de memorandos. Apenas para lembrar a si mesma de que existe um Deus que habita na luz inacessível, e este Deus é Eterno, e este Deus pode tudo, e este mesmo, apesar de sua plenitude, escolheu amá-la.
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